23.11.15

Pet: castração a sua dolorida experiência

Chegou o dia em que a Libby iria submeter a sua primeira cirurgia.
Nós todos sabemos que castração é algo muito comum, mas quando se passa por alguém que faz diferença em nossas vidas tudo fica muito mais tenso.

Ela fica toda animada quando percebe que a gente começa a se preparar para sair. Aprendeu que entrando na bolsa ela iria ser levada para um passeio de moto e chegar ao parque que ela tanto gosta de correr livremente.

Depois de ter brincado bastante no parque, voltamos para casa para um banho, ela não reclama fica quietinha, só não gosta muito de secar, quando soltamos , dá aquela alegria à loucura de sair correndo pela casa inteira, é muito divertido ver ela feliz.

Geralmente ela gosta de dar um cochilo de manhã, mal sabia que às 11:30 iríamos colocar ela na bolsa para irmos na clínica veterinária Matsubara Animal Hospital.

Na clínica ela sentia um pouco insegura, o doutor jovem examina ela, anota todos os itens: submeteria a um exame de sangue para ver se não haverá problema com a anestesia
retirar o útero, o ovário
extrair a hérnia umbilical e
tirar os dentes de leite que não cairam
iria dar um trato na unha e nos pelos da patinha

Quando recebemos ela ainda bebezinha em casa pensamos se realmente valia a pena fazer essa cirurgia, mas precisavamos decidir antes mesmo de chegar a primeiro cio. Resolvemos optar pela cirurgia depois de receber as seguintes orientações que nos deixou mais seguro e confiante para que a Libby tenha saúde e longevidade.

Vai a dica:
-fêmeas ficam menos propensas a desenvolver tumores (câncer) principalmente as mamárias e de ovário e útero.
-evitar infecção no útero
-evitar que ela fique no cio 2 vezes ao ano. E ficar preocupado com higienização, proteção.
-evitar a gravidez psicológica, e controlar o hormônio
-evitar gravidez indesejada
-evitar transmissão de doenças geneticamente tranmissíveis.
-evitar todos os itens acima pode ajudar você a economizar.

Às 14:10 o médico nos liga pessoalmente para avisar que tudo terminou, que ela passa bem e que poderiamos passar para pegar ela às 18:30.


Então encontramos ela na clínica toda tristonha, sem forças, sem apatica, parecendo que acabou o mundo.
Ela estava com a Elizabethan collar em português colar elizabetano. Esse colar sofisticado transparente vai ficar ao redor da cabeça  para impedir que a Libby retire a sutura com a boca e lamber (evitar de infeccionar).  Eu achei muito bom o cuidados que a Libby teve na clínica. Ela veio com o colar elizabetano aparados com adesivos havaianos, gase e faixa xadrez da cor verde limão em torno da barriga. Na verdade a faixa nem precisava, mas como o tamanho do corte era bem maior que o normal (por causa da hérnia ) o médico resolveu colocar para que nós donos não levássemos um choque. Uma delicadeza tão bonito que além de ser profissional ainda cuida com carinho os aninais e desmostra respeito aos clientes.

Então, recebemos antibiótico e analgésico para 1 semana, fomos orientamos também que ela não fique pulando se movimentado demais.

 
Chegando em casa, ela muito cansada queria muito ficar no colo, incomodada estava díficil para achar uma posição confortável, ficava muitas vezes sentada, as vezes cochilava naquela posição, até que encontrou um jeito confortável de ficar e então dormiu um bom tempo junto.
Mais tarde pela noite ela acorda, coloco no chão e ela mal conseguia andar, ficava parada, mas a gente sabia que ela queria ir ao banheiro. O médico dizia que ela não iria neste dia mas pela nossa felicidade ela fez as necessidades sem sofrimento e ainda no lugar certo em cima do tapete higiênico. Mesmo ter extraido os dentes conseguiu comer os petiscos e voltava a pedir colo, neste dia colocamos ela pra dormir sozinha no chiqueirinho para que ela descansasse tranquilamente.

No dia seguinte aparentemente dormiu bem, acordou toda feliz, bem mais disposta que ontem. Comeu toda a ração e adorou ter recebido vários petiscos de boa menina.  

Quis ficar todo momento no colo e aprendeu pedir colo num jeito inteligente e irresistívelmente delicioso. Ela se vira de costas pra que a gente pegue ela por trás. Muito fofa, Teppei se derreteu.

19.11.15

Aborto espontâneo V: esqueço da dor mas jamais esqueço da loucura quefoi

18 (quar) 10:30
Chegando na clínica e mais 1 hora de espera. E hoje a espera me deixou um pouco irritada, parecida que todos eram atendidos menos eu... A impaciência...

O médico do dia então me atende me consola pela perda e também pela dor que havia sentido na madrugada.
- a dor foi insuportável não foi? - sem muitas palavras, eu aceno com a cabeça um sim
- é igual a uma dor do parto, só que a dor de um parto é bem maior, aliás um bebê tem mais de 3kg.
Não sei se serviu de consolo, não tinha palavras para dizer. Pensei comigo se ao menos os médicos me preparassem com aquela informação antes de mesmo ter decidido ter que expelir da maneira tão dolorida mas natural...

Enfim, ele pediu para examinar o material e com a auxiliar jovem foram numa mesa ao lado da maca puxaram a cortina, e começaram a examinar. O médico volta a sua mesa trazendo consigo um vidrinho.
- acho que saiu tudo bonitinho, você gostaria de ver ? - ele avisa que podia ser uma imagem muito forte, mas não me importava
- ele está de costas, você pode ver essa linha branca é a formação da coluna vertebral.
- agora vamos conferir pela ecografia se você realmente conseguiu eliminar tudo  do útero.

Sento na cadeira , examinando com a ecografia me informa que tem ainda muitos coágulos no útero e que ele iria fazer uma limpeza para aliviar a dor e o sangramento.
Começa a raspagem e sinto dores, o médico pedia para não prender a respiração e tentar expirar degavar toda vez que sentisse dores. A dor foi tanta que só as lágrimas diziam o quanto doia.

Voltando para a escrevaninha do médico, me mostra na tela do computador o útero antes e depois de ter sido retirado o coágulo no interior do útero.
- conseguimos tirar somente do meio à entrada do útero, mais para o fundo ainda existe um pouco, então continue com o remédio, poderá ainda sentir dores, sangrar e expelir coágulo, mas o útero irá voltar a normal com o tempo. Evite de tomar banho de ofuro para evitar infecção, banho somente de chuveiro durante uma semana, e evite usar bidê.

Terminada a consulta pago 4,690 ienes e volto para casa e durmo durante o restante do dia. A Libby também cansada pela noite turbulenta cochila comigo. Nada melhor que uma boa companheira para todas as horas.

De noite sinto mais disposta, não esqueço da loucura que foi a madrugada, mas da dor é algo muito marcante nesta experiência. A natureza humana é perfeita faz esquecer de uma dor que tira você do controle. Tudo isso acho que nos fez fortalecer mais ainda os laços de companheirismo, amizade, respeito, amor ao próximo. Devemos cuidar do próximo assim como se cuida de si mesmo, aliás sozinho ninguém resistiria.

Atualizando
Depois de quarta feira o dia da expulsão, o sangramento começa cada vez a diminuir.

5 dias depois nem uso mais o protetor. Mas as vezes ela vem em volta num fluxo bem insignificante.

9 dias depois a cartela de rémedio termina o fluxo insignificante fica da cor marrom.

18.11.15

Aborto espontâneo IV: A dor que jamais deveria sentir na vida

O fluxo de sangue aumentou, coágulos grande de sangue sempre aparecem quando vou ao banheiro e as vezes me faz confundir se é o embrião ou não. Por sorte não sentia cólicas até chegar em casa depois do trabalho, mas logo depois às 19h 3 em 3 minutos sentia uma cutucada, mas nada que pudesse atrapalhar a noite, fiz  um lanche assisti The Client List na netflix e invejei tomar drinks com amigas. 

Teppei chegou depois das 23h e então tomamos banho e fomos dormir, a dor estava um pouco mais forte mas consegui dormir.

Madrugada do dia 18 (quar) às 2h Teppei acorda com a Libby latindo e aproveita para ir ao banheiro, quando também me levanto me vejo toda manchada de sangue, lençóis e colchão também não escaparam. Fui ao banheiro e coágulo enorme redondo de um tamanho de um limão, cor vermelha gelatinosa como um fígado , sloop cai e eu acho que foi o saco gestacional e recolho pra levar na clínica.

A dor começa a ficar forte, ela vem como  a onda do mar, começa com uma dor fraca e vai aumentando, alcança o seu pico e depois vai ficando fraco, assim uma frequência de 10 minutos, ainda numa dor suportável, porque vc acha que logo vai ficar fraco...


A cada 15 minutos eu saia correndo para o banheiro e toda vez coágulos do tamanho de um ovo saia com muito sangue, sangue que gotejava como uma torneira mal fechada. O absorvente que era suportável para o grande fluxo para grávidas pos parto quase não segurava.


E foi se passando o tempo e o intervalo das dores gradativamente diminuía e cada vez ia ficando intenso tanto que as 4:30 da manhã a dor era quase continuo, não havia mais intervalos para sentir aquele alivio.

Teppei me ajudava no que podia, dar atenção a Libby, trazer água, segurar minha mão, fazer massagens nas costas (funcionava muito no início) , palavras de apoio, às vezes não sabia o que fazer.
Agora mais do que nunca entenda mulheres! Os homens são seres mais simples, não espere que ele entenda ou advinhe o que você quer, não complique, seja objetiva fale, converse, oriente, mande ordens, só assim ele poderá se sentir seguro, prestativo, responsável. E você poderá receber atenção, carinho, ajuda e compreensão.

Foi quando a dor se tornou tão insuportável, eu rolava pela cama, ficava agachada, sentada de joelhos, levantava e sentava de novo e a dor só ficava mais agura. Teppei preoucpado  ligou para a clínica às 4:50 e a enfermeira diz que provavelmente ainda não expeliu e é possível que as dorem possam durar mais horas, pediu para aguentar pois naquele momento não tem outra maneira a não ser suportar a dor e esperar a expulsão da placenta.

Mesmo com dor tive vontade de ir ao banheiro e sempre acompanhado de coágulos grandes, a dor ficava cada vez insuportável, praticamente não estava mais aguentando quando não resisti mais a dor pedi pra me dar qualquer analgésico que tivesse na casa.  6:10 Teppei liga novamente se poderia me remediar com um analgésico chamado calonal, e a enfermeira permite, informa que mesmo indo para a clínica não há nada o que fazer a não ser remediar com algum analgésico um pouco mais forte.

Ás 6:20 a dor começa a ficar menos intenso e caio num cochilo de 5 minutos, quando tenho a vontade novamente de ir ao banheiro e sinto um "vuplit" sair e quando vejo tinha um tecido redondo, intacta, tranparente, com liquido dentro, era a placenta num tamanho de um abacate pequena. Recolhi o material e coloquei no saco ziploc. Depois só sei que voltei pra cama e cai no sono profundo.

Acordei 1 hora depois quando Teppei foi trabalhar, voltei a dormir e horas depois liguei para a clínica para agendar a consulta com o médico.

Sentia tontura, mas incrível que pareça a dor havia cessado completamente. Voltei a ver novamente o que havia parido. Vi dentro da placenta o feto. O feto parecia estar flutuando lá dentro no liquido. E mexendo ela pra lá e pra cá eu pude ver as perninhas os bracinhos, os olhos que estava para se formar, tinha um tamanho de uma azeitona grauda.



14.11.15

Aborto espontâneo III : paciência e repeito com a saúde

2 semanas se passaram depois do dia que foi anunciado o aborto, passei todos esses dias normalmente bem, continuando a tomar o remédio que o médico receitou. E somente esperando que meu corpo respondesse.

Até que no 13, um dia antes do retorno ao obstetra a boa notícia foi que comecei a sentir uma pequena cólica e ter um fluxo pequeno de sangramento, era um bom sinal.

O dia seguite, tivemos a sorte de amanhacer com sol e aproveitamos para levar a Libby para um passeio no parque, mas logo na hora de ir a clínica por volta das 11horas começou a ficar nublado e chuvoso. Para um péssimo dia a clínica estava lotadíssima.

O médico chefe me atende e vê o estado do útero,  ele se surpreende dizendo :

- o saco gestacional continuou a crescer mesmo com o feto sem vida, está com 5 cm...
E então ele não diz o porque, mas fala que talvez sinta um fluxo maior de líquido quando for expelir. Avalia também que há pouco sangramento e começa a cutucar internamente que me fez enrijecer de dor , então diz que o colo do útero está dilatado, e que provalvelmente vai acontecer a saida do embrião nos próximos dias. Caso isso não acontecer até o próximo retorno que seria daqui a 2 semanas no dia 28 partiria para a curetagem.

Aliviada, novamente tomo uma injeção e continuo com os medicamentos.
Neste dia já discartada o uso da caderneta e do cupom, usando o seguro de saúde social a consulta custou 2360 ienes.

2.11.15

Aborto espontâneo II: lidando com a perda e a espera

Conheço muitas amigas e conhecidas que já sofreram aborto...  e já sabia que qualquer gestante até a 24 semanas tinha o risco de 15% a 20% de sofrer um aborto espontâneo.

Na 8 semana confirmamos o batimento cardiaco e o risco de aborto tinha diminuido. Na 10 semana eu esperava chegar ao 12 semanas para diminuir drasticamente a chance. Mas não escapei desta estatística que dos 80% dos abortos espontâneos que ocorre antes das 13 primeiras semanas.

O médico me deu duas opções:
1) esperar que o embrião seja expelido naturalmente
2) partir para a cirurgia de curetagem (raspagem)

Ele me deu a seguinte sugestão, injetaria na veia um remédio para contrair o útero e receitaria um remédio que provocaria constrações no útero a fim de ajudar a expelir todo o conteúdo da gravidez e ao mesmo tempo evitar hemorragia. Ele deu o prazo de 2 semanas.

A curetagem é uma cirurgia simples que pode ser feito em alguns minutos e ter alta no mesmo dia. Porém o que é preocupante é a sedação da anestesia geral para remover a placenta, embrião, etc. Como é uma limpeza forçada é um processo que agride o útero.

E neste mesmo dia fomos num quarto onde a enfermeira injetou o remédio diretamente na veia.
Tive que esperar 5 minutos para saber se não haveria problema com a rejeição do organismo. Estes 5 minutos foi o tempo que comecei a me sensibilizar com a situação. Comecei a me entristecer por ter tomado aquela injeção no intuito de expelir uma vida que estava para crescer, nascer e fazer parte da família. Era um sentimento confuso, porque quando você descobre a gravidez a vida da mulher muda radicalmente para proteger esse ser que esta em você. A dedicação não era somente em não tomar bebida alcoólica, não exagerar na cafeína, não esfriar o corpo, não fazer esforço físico, além disso tinha todo o preparo psicológico, a construção do sonho de um futuro com filho para vir. E em uma consulta de 30 minutos tudo isso precisava ser deixado de lado, desapegar a esse sentimento, a este sonho, a essa dedicação. O sentimento não era mais de proteção era virar a mesa de ponta cabeça e começar a se cuidar e não procurar causas, motivos para uma situação que foi inevitável e imprevisível.

Neste dia paguei 2960 pela consulta, a ecografia, mais os remédios.

Depois de desabafar, depois de sentir tristeza, era somente esperar que os dias venham e que a tristeza não se torne uma dor, e esperar que venha um sagramento como a mestruação, sentir cólicas que façam expelir o saco gestacional e sentir novamente preparada para uma próxima oportunidade. É necessário prosseguir.

A espera... levo comigo todos os dias este kit.
- absorvente para guande fluxo,
- absorvente de gestante (quantidade de fluxo igual ao quando bolsa estoura)
- uma calcinha
- lenços de papel
- caderneta de maternidade
- cartões: da clínica e de saúde
- cupom vale consulta para gestante

1...2... Semanas e 4 dias (13 de Novembro) e nada ... 

1.11.15

Aconteceu o inesperado: o dia do aborto espontâneo I

Não sei por onde começar... já que tudo estava indo bem.

A cada 2 semanas eu tinha o compromisso de retornar a clínica para verificar e acompanhar o crescimento do bebê.
O sábado estava ensolarado, com um vento gelado, como de costume sendo dispertado pela Libby logo de manhã, vestimos ela com a fantasia de homem aranha (dia de Halloween) e levado para um passeio no parque. E às 11:30 eu retornaria para a clínica. Eu me sentindo tão bem achava que aquele retorno de rotina era um exagero.


Neste dia a clínica estava lotada, tinha grávidas de vários estágios.
Eu estava completando exatamente 10 semanas e 0 dias (10w0d) onde os exames iam começar a se intensificar. Pediram pela primeira vez para medir a pressão arterial, o peso e fazer a coleta da urina, e assim, seria em todas as próximas consultas.

Foi também o dia que usei pela primeira vez o "boshitecho" a caderneta materno-infantil distribuido pelo governo japonês. Também usei pela primeira vez o cupon de consultas gerais para a gestante emitidos quando você dá entrada para receber a caderneta. Nesta consulta iria também fazer o exame contra prevenção de câncer de colo de útero. Pude usar o cupom gratuíto emitido pela prefeitura.
       


Era minha terceira consulta e todos os 3 foram com médicos diferentes. Desta vez era um doutor já bem mais de idade, tinha os cabelos grisalhos, olhos meio caidos e falava manso, tão baixinho que nem conseguia ouvir o que dizia.
O Teppei também podia me acompanhar , entrou na sala e participou da conversa viu o seu bebê pela tela da ultrasonografia.

O médico fez aquelas 3 perguntas básica:
- Quandas semanas?
- Sente enjoada, algum outro sintoma?
- Tem sangramento?
E logo pede para sentar na cadeira ginecológica e procede o recolhimento do material para o exame do câncer do colo uterino.
O médico então começa a ecografia via endovaginal (dentro da vagina) e verifica o feto. Vizualizando o feto ele começa a questionar o tamanho, pergunta sobre os dados da consulta passada (8 semanas) com a auxiliar jovem e começa a medir. O bebê aparecia tão nitidamente que na minha imaginação eles estavam comentando que o bebê estava um pouco grande para o momento; e então o médico fala:
- O feto está pequeno, ele está com o tamanho de 9 semanas...
- ... não estamos conseguindo confirmar o batimento cardiaco...

Demorei para processar aquela informação, fiquei sem reação. Via a tela e não acreditava que foi constatado ausencia de batimento cardiaco, e não acreditava porque eu simplesmente estava me sentia bem.

-... o feto parou exatamente de se desenvolver em 9 semanas e 3 dias .- confirma o médico

Isto é, foi na terça-feira da semana, um dia de muita ventania, quando esqueci a chave do apartamento e tive que esperar o Teppei voltar do local do acidente (colocar flores para homenagear a namorada do amigo). Eu sei que isso não justificava o motivo, mas eu recordei  deste dia e por incrível que pareça eu passei o dia muito bem.

Desço então da cadeira ginecológica e vou me vestir, enquanto isso o médico começa a explicar a situação para o Teppei. Eu vejo semblante abalado, ficou sem reagir assim como eu fiquei. Não deu para sentir nem tristeza, nem pânico, nem medo, estavamos em estado de choque.
Fui novamente examinada pelo médico chefe, numa outra sala numa máquina de ecografia mais avançada. E realmente deu para ver que não havia pulsação e não havia sinais de cirulação de sangue, visualizada em riscos vermelho na tela, só havia sinal vermelho ao redor em outros orgão menos no coraçãozinho do bebê.
Foi então neste dia 31 os dias das bruxas, o dia que foi confirmada o aborto espontâneo.