19.6.13

Minha vida em tokyo com os pets, depois do aquário a Heidy calopsita.


Na minha infância, na minha adolescência, minha juventude em todas as fases da vida eu tive um animal de estimação.
Cachorro sempre foi parte da nossa família, poucas vezes gatos e as vezes aqueles animais mais delicadinhos, hamsters, chinchillas, coelho...

A minha infância só não foi mais feliz porque eles não viviam a eternidade.
Havia sempre uma despedida que ninguém soube explicar.

Os cachoros lá em casa eram felizes, eu sei que foram.
Tiveram amor, atenção, carinho, havia respeito, havia chão forrado, teto e comida.
Eles eram totalmente livres, não havia cerca, não havia corrente, a não ser quando era pra ser necessário.
Eles tinham uma família, o dono casa, um senhor da arca de nóe um homem de coração grande, que amava animais com o coração, falava com a alma, sorria pra eles os olhos puxados e esbanjava luz.. Eles adoravam o meu pai, ele era como o pastor e as ovelhas. Todos os seguiam, cachorros da vizinha, da amiga, do comércio, da inimiga...
Eles tinham crianças pra brincar e compartilhar a mesma comida, eles tinham uma senhora que apesar de rigorosa, se preocupava com a saúde deles.
Eles foram felizes

Criei asas e voei para o Japão, aqui os pets shops são recheado de animais, um mais lindo que outros, irresistível para quem ama-os.

Quando morei com minha irmã tivemos peixes de quanto que é tipo de variedade: beta, baiacus mirins, peixe dourado, guppy, goldenhoney e até camarões.



Frequentava um pet shop numa estação próxima de casa e nela havia um senhor de meia idade que se virava numa bagunça entre 4 paredes onde tinha de ração, artigos para animais, peixes, tartarugas e aves até o teto da loja.

Costumava comprar rações e plantas aquáticas. E foi por lá em um dia de compra que esbarrei numa criatura chamada calopsita.
Nunca tive interesse em ter um passarinho, mas ela ou ele foi tão sensível comigo que me foi amor a primeira vista. A calopsita pedia carinho abaixava a cabeça e emplorava por um toque gostoso.
Não resisti, pedi pra minha irmã passar no pet shop e levei o namorado para uma visita na finalidade de receber o alvará para tê-la em nosso lar.

Colocamos o nome de Heidy, menina? ou menino? idade só Deus e os anjos sabem. A Heidy veio em novembro de 2009, numa época gostosa do Japão em outono. Maior hobby era tomar sol e ficar cochilando no ombro, gostoso era ouvir o ranger do bico antes de cair no sono profundo.
Heidy era muito companheira, tinha uma saúde boa, não dava trabalho para nós.

Numa tarde de um final de semana, um grande acidente aconteceu, ela conseguiu ver a janela aberta e saiu e voando para fora. Foi tão rápido que não vi ela, cai aos prantos, desesperada saímos para procurar mas ela foi tão longe que não a encontramos. Por um bom tempo procuramos ela ao amanhecer e ao entardecer. Criamos anuncios, fomos dar BO no polícia, anunciamos na internet. Japoneses que sensibilizaram com a notícia ligavam, enviavam palavra de apoio, mas a Heidy nunca apareceu.

Foi imprudência da minha parte ter esquecido de fechar a janela e principalmente de não ter aparado as penas da asa.  Fica a dica, melhor aparar a pena do que ela passar a noite num lugar estranho, sem proteção, sem comida.